A cassação ocorreu no âmbito de uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) movida pela coligação "Pra Cuidar do Nosso Povo", que alegou irregularidades na campanha eleitoral de 2024. Entre as acusações apresentadas, estão o uso de maquinário público para fins eleitorais, o aumento injustificado da folha de pagamento, a concessão de cargos públicos em troca de votos e a ampliação de benefícios de aluguel social sem justificativa legal prévia.
Segundo o documento, o Ministério Público Eleitoral (MPE) realizou diligências para apurar denúncias de que máquinas e servidores públicos teriam sido utilizados na realização de obras particulares em propriedades privadas nos dias 13 e 14 de setembro de 2024. Um tratorista da prefeitura teria confirmado a prestação de serviços em terrenos particulares.
A ação também apontou um crescimento expressivo nos gastos com cargos comissionados, processos seletivos e contratações temporárias entre maio e setembro de 2024. Os valores teriam apresentado discrepâncias em relação ao ano anterior, indicando possível uso da estrutura pública para favorecer a reeleição. Além disso, houve alegações de nomeações estratégicas com vínculos eleitorais e aumento no número de concessões de aluguel social sem justificativa legal durante o período eleitoral.
Com a decisão, o TRE-CE determinou a realização de novas eleições para os cargos de prefeito e vice-prefeito de Aurora. O prefeito e a vice ainda podem recorrer da decisão.