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Wilton Jr/Estadão |
Em uma reviravolta de última hora, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva convidou nesta sexta-feira, 28, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, para comandar a Secretaria de Relações Institucionais. Trata-se do ministério mais estratégico do núcleo de governo, que faz a articulação entre o Palácio do Planalto e o Congresso, negociando até mesmo emendas parlamentares, pivô da atual crise política. Gleisi substituirá Alexandre Padilha, que foi transferido para o Ministério da Saúde no lugar de Nísia Trindade.
No mês passado, Lula conversou com Gleisi em duas ocasiões sobre sua ida para o ministério. Como mostrou o Estadão, o convite inicial havia sido para ela assumir a Secretaria-Geral da Presidência, que cuida dos movimentos sociais, hoje ocupada por Márcio Macêdo.
Nos últimos dias, porém, Gleisi deixou claro que gostaria de auxiliar o presidente na articulação política do governo. Após semanas de idas e vindas, Lula bateu o martelo e, nesta sexta-feira, chamou a deputada para dirigir a Secretaria de Relações Institucionais. Uma das principais missões de Gleisi será construir alianças com partidos para o presidente disputar a reeleição, em 2026.
A entrada de Gleisi no Planalto cria um novo polo de poder neste terceiro mandato de Lula, uma vez que ela sempre se destacou por fazer um contraponto à política econômica adotada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tentando puxar o governo para a esquerda. Em uma resolução política de dezembro de 2023, o PT chegou a definir o pacote de corte de gastos proposto por Haddad como “austericídio fiscal”. (Estadão)