O Ministério Público Eleitoral, pela segunda vez, manifestou-se de forma contundente pela cassação do prefeito reeleito de Barroquinha, Jaime Veras, no processo nº 0600200-11.2024.6.06.0108. O motivo? Graves irregularidades na utilização do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), em uma manobra escandalosa para burlar as regras eleitorais e favorecer sua candidatura.
A acusação é grave e documentada: recursos que deveriam ser destinados exclusivamente a candidaturas negras foram desviados para candidatos brancos, em flagrante violação à Resolução TSE nº 23.607/2019. A irregularidade, segundo o MP, feriu a isonomia do pleito e distorceu o equilíbrio da disputa eleitoral, prejudicando a legitimidade da eleição no município.
Diante desse escândalo, o juiz da 108ª Zona Eleitoral agora se encontra em uma saia justa. As evidências são demolidoras, e o Ministério Público já deixou claro: os diplomas de Jaime Veras e de sua vice, Carmem Lúcia, devem ser cassados. O silêncio ou qualquer tentativa de minimizar a gravidade dos fatos colocará a Justiça Eleitoral em xeque, alimentando a desconfiança da população sobre a lisura do julgamento.
Além do desvio de finalidade dos recursos, o MP aponta que transferências suspeitas foram feitas até 26 dias após o pleito, numa tentativa clara de maquiar o uso ilícito do dinheiro público. O documento enfatiza que essa prática não só é irregular, como compromete diretamente a integridade da eleição.
Diante desse cenário de flagrante ilegalidade, a pergunta que ecoa em Barroquinha é: a Justiça Eleitoral terá coragem de aplicar a lei ou se curvará diante do poder político? A população aguarda um desfecho que respeite a democracia e puna os responsáveis pelo uso indevido do fundo eleitoral.
A pressão é máxima. Que a justiça seja feita!