O general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e ex-chefe da Casa Civil, teve sua prisão preventiva confirmada pelo juiz Rafael Henrique Janela Tamai Rocha, auxiliar do gabinete do ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão foi tomada neste sábado, 14, após audiência de custódia realizada por videoconferência.
A audiência de custódia é um procedimento de praxe no qual o
juiz avalia a legalidade da prisão e as condições do cumprimento do mandado, incluindo
o tratamento recebido pelo preso. No caso de Braga Netto, o magistrado concluiu
que não havia irregularidades, mantendo sua detenção no Comando da 1.ª Divisão
do Exército, localizado na Vila Militar de Deodoro, no Rio de Janeiro.
A prisão preventiva não tem prazo definido para ser
encerrada. Segundo a decisão, o general não poderá receber visitas sem
autorização prévia do STF, sendo permitidas apenas aquelas realizadas por seus
advogados.
Acusação de obstrução e envolvimento em plano golpista
Braga Netto foi preso sob a acusação de tentar obstruir uma investigação conduzida pela Polícia Federal (PF). De acordo
com a PF, o general teria buscado acessar informações sigilosas relacionadas à
delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, com o objetivo de repassá-las a
outros investigados. Além disso, ele teria alinhado versões com aliados, configurando
um risco ao andamento do inquérito.