sexta-feira, 5 de julho de 2024

Guimarães diz que Banco Central faz "desserviço à economia" ao não reduzir juros

Foto: Francisco Fontenele/O Povo

A manutenção da taxa básica de juros, a Selic, em 10,5%, foi classificada como um “desserviço do Banco Central à economia popular, brasileira” pelo líder do Governo Lula na Câmara, José Guimarães (PT).

Segundo o deputado federal, as coisas “engatarão” na economia brasileira, por meio de ações do presidente da República, mesmo com as ações do BC.“O país conhece nossa opinião e do presidente Lula. O que o BC está fazendo é um desserviço à economia popular, brasileira. Não pode. Por que sempre a pedido dos manuais, o BC, o controle da inflação é fundamental para manter baixas as taxas de juros. O que acontece, a inflação super controlada e os juros não baixam. Tem alguma coisa errada nisso. Portanto, o presidente é um defensor da redução das taxas de juros, ele está correto”, afirmou ao O POVO.

Após decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de manter a taxa Selic, o presidente da República criticou o patamar da taxa de juros atual e sugeriu que esses pagamentos sejam transformados em gastos.

O presidente também acusou bancos privados de preferirem "ganhar dinheiro com a alta taxa de juros", em vez de oferecerem crédito. O petista ainda criticou a autonomia do Banco Central e o presidente Roberto Campos Neto.Questionado sobre os posicionamentos de Lula, Guimarães disse que, em relação à manutenção da taxa de juros, o presidente “está correto”.

Para o deputado, não são declarações do presidente que influenciarão o andamento das questões, mas medidas do ministro da Economia, Fernando Haddad, e as articulações no Congresso Nacional.“Agora, pelas medidas que nós estamos tomando, cortes de gastos, o Haddad anunciou mais de R$ 25 bilhões, além da votação da reforma tributária, acho que a coisa está engatando, tanto é que o dólar está caindo. Não é porque falou ou deixou de falar, são as medidas e sobretudo o compromisso fiscal que nosso governo tem”, disse.

(Ludmyla Barros/O Povo)

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