quarta-feira, 31 de julho de 2024

Elmano empossa 146 professores indígenas e projeta novo concurso público

 


O governador Elmano de Freitas (PT) empossou, na manhã desta quarta-feira (31), 146 professores indígenas concursados do Ceará. Os profissionais vão lecionar em 30 escolas de 10 etnias diferentes. O momento contou com a participação da secretária estadual dos Povos Indígenas, Juliana Alves, e da secretária estadual da Educação, Eliana Estrela. O início do exercício profissional está marcado para o segundo semestre letivo de 2024, nesta quinta-feira (1º).

Conforme Elmano, que disse se tratar de “um dia de muita alegria”, o Estado vai tentar realizar mais concursos para que se tenha profissionais concursados nas escolas indígenas cearenses. “Vamos nos sentar com a secretária dos Povos Indígenas, com a secretária de Educação, com a Secretaria de Planejamento, para fazermos [o concurso] de maneira organizada”, disse, ressaltando que ainda não existe uma data para um possível novo concurso.

“A minha decisão é de que a gente possa continuar fazendo os concursos, porque eu considero muito estratégico darmos consolidação ao projeto político de escolas indígenas do Ceará com professores concursados. É muito importante para a qualificação, para a qualidade, a segurança e a melhoria salarial dos professores indígenas”, completou.

Os profissionais selecionados passaram por concurso realizado pela Universidade Estadual do Ceará, lançado em 20 de julho de 2023 e homologado em abril deste ano. O processo seletivo foi constituído de três etapas: prova objetiva; prova prática; e avaliação de títulos, sendo aprovados no concurso os classificados pelas três fases e com a devida habilitação em licenciatura em curso de nível superior. Os professores empossados, que irão atuar nos diversos níveis da educação básica, atendem às seguintes etnias:

  • Tapeba;
  • Pitaguary;
  • Anacé;
  • Jenipapo-Kanindé;
  • Tupinambá;
  • Tapuia Kariri;
  • Kanindé de Gameleira;
  • Kanindé de Aratuba;
  • Potiguara;
  • Tabajara;
  • Kalabaça.

O CONCURSO

Ao ser anunciada, a seleção tinha um total de 200 vagas para 14 etnias diferentes. Entretanto, como destacou a secretária Juliana Alves nesta quarta, não foi possível preencher o total. “O compromisso é que possamos avançar em mais concursos, mas como sempre deixamos bem claro, dialogando com os professores, com os povos, fazendo a escuta participativa, para que não fazer um concurso de qualquer jeito, mas da forma como eles gostariam de receber esse concurso”, concluiu. Atualmente, o Estado possui mais de 800 professores indígenas.

A conversa com os povos, conforme a titular da pasta, é importante para saber quais são suas prioridades. “Onde a gente pode estar, chegar e atuar com mais celeridade, com mais agilidade, de acordo com a lista prioritária que a gente está fazendo”. Assim, como destacou ela, o Governo possui um planejamento em que são dispostas as origens de cada demanda, que partem tanto dos professores como dos integrantes de um determinado povo.

“Estamos elaborando o planejamento para que tenhamos uma atuação mais presente nesses espaços”, ressaltou.

Secretária estadual da Educação, Eliane Estrela, também falou sobre o concurso e a posse. Segundo ela, o processo seletivo foi feito respeitando a questão histórica e os saberes dos povos. A titular da pasta destaca que, apesar da prova ter sido feita pela Uece, a Secretaria Estadual da Educação (Seduc) e o Ministério Público ajudaram na construção do edital, “todo feito dentro da lei, olhando a legalidade, e olhando também para os saberes [dos povos]”.

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