terça-feira, 23 de julho de 2024

De Assis diz que ataques de Ciro são fruto de "inveja": "Não suporta ver sucesso do Camilo"

 

Fernanda Barros\O Povo

O deputado estadual De Assis Diniz (PT) voltou a comentar, nesta terça-feira (23), sobre a presença do ex-ministro Ciro Gomes em palanques no Cariri, junto de representantes de siglas opositoras ao Governo do Estado, dentre elas o PL, de Jair Bolsonaro. O deputado criticou as ações, e elencou-as como “inveja” de Ciro ao “sucesso do senador Camilo Santana".

“É muita inveja que hoje é demonstrada pelas falas do ex-ministro Ciro, se tem uma coisa que ele não suporta é ver o sucesso do senador [eleito, hoje ministro] Camilo Santana. É inveja pura. Não tem outro sentimento que justifique. É pura inveja”, disse o deputado petista, em entrevista ao programa O POVO News 1ª Edição.

De Assis também rebateu críticas de Ciro aos "grupos no poder no Ceará". Nas mesmas convenções no Cariri, o ex-governador disse que o “Ceará está sendo destruído pela incompetência, pela corrupção, pelo mandonismo, há uma ditadura tentando ser construída, tirando inclusive do povo o direito de escolher suas alternativas (...) e sei que o Cariri vai se levantar contra isso.".

Segundo o deputado petista, a “ditadura” se refere a um fazer político comum no Ceará, presente em governos anteriores, incluindo o de aliados e do próprio Ciro. “Porque argumentar que o PT é isso ou aquilo, todos os partidos que governaram o Ceará tiveram a primazia de ser o principal partido do governo, foi assim com o Tasso [Jereissati]. O PSDB era o maior partido”, disse.

E completou: “Só o PT não tem esse direito? Quando era na época deles não era ditadura?”

O deputado ainda afirmou que qualquer relação com aliados do bolsonarismo “não é razoável”, uma vez que a “relação bolsonarista é algo muito perverso para a sociedade”. “Não é razoável que um partido com a tradição e com a militância do PDT se alinhe a uma proposta”, disse.

O deputado já havia se posicionado, também citando uma incoerência do apoio a aliados de Bolsonaro vir de um membro justamente do PDT. Segundo De Assis, o ex-governador do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul, um dos fundadores do PDT, Leonel Brizola reprovaria a postura e se “reviraria” no caixão.

“Primeiro, é imaginar o quanto Brizola não deve estar chutando o caixão pela sua indignação de ver todo seu esforço, de construir um partido como o PDT, ser entregue a oportunistas de plantão. A aliança com a extrema direita é injustificável”, disparou o petista ao O POVO.

(Ludmyla Barros\O Povo)

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