segunda-feira, 17 de junho de 2024

No Dia Mundial de Combate à Desertificação, governo do Ceará realiza abertura do Seminário “Ceará pelo Clima”


Nesta segunda, 17 de junho, Dia Mundial de Combate à Desertificação, o governo do Estado, por meio da Secretaria do Meio Ambiente e Mudança do Clima (SEMA), realizou a abertura do Seminário “Ceará pelo Clima”, no Centro de Eventos do Ceará. O evento teve a presença do governador Elmano de Freitas; da secretária do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Vilma Freire; do presidente da Assembleia Legislativa, Evandro Leitão; além de diversos secretários de Estado, parlamentares, ambientalistas, empresários, representantes de entidades públicas e privadas, estudantes e Agentes Jovens Ambientais (AJAs).

Na abertura dos trabalhos, houve um minuto de silêncio em homenagem ao ex-deputado e conselheiro do TCE Alexandre Figueiredo. Na sequência, a execução do hino nacional brasileiro interpretado pelo violeiro Pereira da Viola, seguido do hino do Ceará. A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, cancelou sua vinda de última hora, mas enviou um vídeo saudando os participantes do Seminário. “Hoje é o Dia Mundial de Combate à Desertificação, tema fundamental para o estado do Ceará, que tem mais de 90% do seu território no semiárido. Infelizmente, não pode comparecer presencialmente porque tenho que me dedicar ao enfrentamento de incêndios no Pantanal e Amazônia”.

Na fala inicial, Vilma Freire chamou ao palco as também secretárias de Estado Zelma Madeira, da Igualdade Racial; e Juliana Alves, dos Povos Indígenas, lembrando do contexto do evento: Desenvolvimento, Sustentabilidade e Justiça Social. “São secretarias que trabalham em conjunto. Foi fundamental a retomada do debate sobre o meio ambiente pelo presidente Lula, após quatro anos de abandono do setor. A SEMA está trabalhando em parceria com o governo federal e com a sociedade para trazer para o Ceará as melhores práticas para efetivar o combate as mudanças climáticas, porque o Estado, sozinho, não conseguirá realizar esta tarefa”, afirmou. Ao final da sua intervenção, Vilma entregou ao governador Elmano, ao lado do reitor da UFC, Custódio Almeida; de Edgar Gadelha, da FIEC; e do presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, Evandro Leitão, produtos elaborados pela SEMA: o Atlas Costeiro e Marinho do Estado do Ceará; o Roadmap do Mercado de Carbono; o estudo sobre o Turismo de Observação de Aves no Ceará: Análise de Viabilidade Econômica; e o Guia das Aves do Ceará.

Evandro Leitão, por sua vez, em seu discurso, ressaltou o papel do Comitê de Responsabilidade Social da Assembleia Legislativa, “pautado em três eixos: transparência, humanização e socioambiental, de forma a inserir o parlamento nesse debate tão importante como é a questão das mudanças climáticas”.

Elmano: mudança de paradigma

O governador Elmano encerrou os pronunciamentos. De início, saudou ambientalistas, cientistas, povos indígenas e chamou ao palco dois jovens do AJA “para deixar claro que a juventude manda neste mandato”. Ele lembrou que é o autor da lei que criou o Junho Ambiental, citando o técnico da SEMA Genário Azevedo e o ex-secretário Artur Bruno por terem dado a ideia. “Não podemos sustentar o discurso do lucro. Queremos vida e vida em abundância para todas as pessoas.

Isso significa desenvolvimento dentro de um padrão sustentável e com geração de emprego e renda para os cearenses. Estamos estabelecendo uma mudança de paradigma: vamos multar quem não respeita o meio ambiente e usar o recurso pra ampliar nossas políticas ambientais, e vamos remunerar quem preserva, por meio do Pagamento por Serviços Ambientais (PSA). Já assinamos 37 protocolos para produção de Hidrogênio Verde e o objetivo é que o Ceará chegue a um milhão de toneladas ano até 2030, fazendo a transição energética. Outro programa, o Renda do Sol, vai permitir que o Estado compre a energia solar produzida pelas pequenas comunidades”, anunciou.

A solenidade foi encerrada com a apresentação do um coral infantil no indígena.

O Seminário “Ceará pelo Clima” prossegue até terça (18) e tem o objetivo de reunir os mais diversos públicos em dois dias para refletir, sob diversos olhares, acerca da questão das alterações do clima, seus impactos, soluções e esforços colaborativos, visando à construção de uma agenda comum. No mesmo contexto, será discutida a transição energética e a justiça social. O evento possibilitará a definição de ações práticas e parcerias no âmbito local e  regional.

O Seminário está dividido em 6 eixos Eixos Temáticos:

1. Juventude e Crise Climática – Educação Ambiental para Ação Cidadã: Capacitando Jovens Líderes;

2. Justiça Climática-Impactos do Racismo Ambiental;

3. Financiamento Climático – Estratégias para fortalecer as políticas públicas estaduais;

4. Vulnerabilidades Climáticas do Ceará – Mitigação e Adaptação

5. Resíduos e Economia Circular – Implementando a Política Nacional de Resíduos Sólidos;

6. Transição Energética Justa – A liderança cearense: oportunidades e desafios pra produção de energia verde.

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