Durante sua filiação, o senador Cid Gomes (PSB) citou o seu irmão Ciro Gomes (PDT) apenas uma vez. Cid foi grato aos irmãos Ivo e Lia Gomes, prefeito e deputado respectivamente, e até os chamou para o palco em determinado momento para homenageá-los. Durante a fala, todavia, a menção ao Ciro foi apenas de uma piada.
“Eu sou o maior governador da história do Ceará. Podem se espantar, mas eu vou explicar: eu pesquisei Virgílio Távora, que foi um grande governador, pesquisei Tasso Jereissati, que também foi um grande governador. Pesquisei Ciro Gomes, que foi um grande governador, pesquisei Camilo e tenho garantia daqui para frente de Elmano também”, disse.
“Eu tenho 1 metro e 84 e todos eles são mais baixos do que eu”, disse enquanto era visível a diversão da plateia e aliados. “Eu sou, não tem quem conteste, o maior governador da história do Ceará”, brincou.
Além disso, nenhum agradecimento, memória afetiva ou comentário saudoso em relação a Ciro que, até pouco tempo, repetia frequentemente sobre a “facada de difícil cicatrização” que tinha recebido nas costas de seu irmão, Cid, e ex-aliado, Camilo Santana.
Entenda:
Durante campanha de 2022, os pedetistas optaram pelo ex-prefeito Roberto Cláudio, e não Izolda Cela, para disputar o governo do Estado. Izolda já era governadora.
Os petistas romperam a aliança e lançaram Elmano de Freitas. Cid se ausentou da campanha pró-RC e trabalhou na eleição de seu irmão Ciro, que disputava a presidência, e de Camilo, que disputava o senado. Ciro perdeu, assim como RC. Elmano venceu no primeiro turno.
Os pedetistas, liderados por Ciro, RC e André Figueiredo não concordaram com a atitude de Cid que, em 2023, tentou reatar a aliança com os petistas. Sem sucesso e apontando estar sendo “perseguido” por seus antigos aliados, se desfiliou da sigla, assim como Izolda Cela. Ambos estão no PSB agora, assim como 40 prefeitos ex-pedetistas.
(Focus)
