O grupo de dissidentes do Partido Democrático Trabalhista (PDT) ligado ao senador Cid Gomes, que teve as cartas de anuência para desfiliação com manutenção do mandato anuladas, já avalia entrar na Justiça para reverter a decisão tomada pela comissão provisória que dirige a sigla no estado. A informação foi confirmada por integrantes do agrupamento ao Diário do Nordeste nesta sexta-feira (26).
No total, 14 parlamentares com cadeiras na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) e na Câmara dos Deputados tiveram seus documentos de anuência cancelados na noite desta quinta-feira (25). Os papeis foram concedidos pelo próprio Cid quando ainda dirigia o diretório estadual, depois de um longo conflito entre correntes internas e brigas judiciais.
LISTA DE DEPUTADOS QUE TIVERAM CARTA DE ANUÊNCIA ANULADA
Salmito Filho, Antônio Granja, Sérgio Aguiar, Romeu Aldigueri, Oriel Filho, Marcos Sobreira, Lia Gomes, Jeová Mota, Helaine Coelho, Guilherme Landim, Guilherme Bismarck, Osmar Baquit, Bruno Pedrosa e Tin Gomes.
A expectativa é que, em breve, aconteça um encontro entre os cidistas envolvidos na sanção executada pela comissão provisória. Isso foi que revelou o deputado estadual Guilherme Landim. "Não conversamos ainda. Acredito que na semana que vem a gente deva se reunir para ver isso aí", comentou. "Acho que não muda nada, estão só demonstrando o que havia no partido antes", considerou.
Landim lembrou ainda de uma ação anterior, movida conjuntamente por ele e seus aliados, para o reconhecimento de uma perseguição pelo grupo próximo do presidente nacional interino do PDT e deputado federal, André Figueiredo.
Já o líder do Governo Elmano na Alece, Romeu Aldigueri, foi crítico ao movimento dos, até agora, correligionários que compõem a direção partidária. "Essa é só mais uma atitude que demonstra a perseguição e a discriminação partidária que esse grupo de parlamentares vem sofrendo dentro da agremiação", destacou.
"O diretório estadual do PDT-CE aprovou as cartas de anuência, e agora, a nova executiva acha que pode simplesmente anular essa decisão. Eles não têm esse direito! O diretório é superior na hierarquia partidária. Isso é um absurdo, um desrespeito total à maioria do diretório que legitimamente aprovou as anuências", reforçou a liderança governista.
(Ponto Poder/DN)