O Seeaconce, sindicato que representa os trabalhadores, cobra que a empresa cumpra a convenção coletiva e respeite os direitos dos trabalhadores.
Entre os vários itens da convenção coletiva descumpridos pela Ambiental Ceará, apontam as denúncias que chegam ao sindicato, está o pagamento de horas extras sem o devido adicional de 75%, com a empresa fazendo banco de horas.
A Ambiental Ceará também não está pagando o adicional noturno, de 21%, a que os trabalhadores têm direito. Em diversos casos, a empresa está pagando salários mais baixos do que o mínimo determinado pela convenção coletiva, em flagrante descumprimento de sua obrigação.
Há também problemas com ajuda de custo, com vale-alimentação e com plano de saúde. Os trabalhadores estão tendo de pagar 30% de um plano de saúde escolhido pela Ambiental Ceará, o que faz com que o valor seja mais alto do que o estabelecido na convenção coletiva. P
Além disso, trabalhadores vêm sofrendo pressão para que se demitam das empresas terceirizadas que já prestam serviço à Cagece e assinem contrato com a Ambiental Ceará.
A empresa também está chamando trabalhadores para assinar acordos individuais e mentindo ao dizer que não haveria ainda sindicato para representar esses trabalhadores. O Seeaconce é o sindicato que os representa, o que já foi confirmado inclusive por decisão judicial.
Os trabalhadores repudiam essa situação e lembram que, ainda em janeiro deste ano, assim que começou o governo Elmano, a Diretoria do Seeaconce se reuniu com o presidente da Cagece, que prometeu que a chegada da Ambiental Ceará não traria prejuízo aos trabalhadores e trabalhadoras. O sindicato cobra também uma atitude do governador Elmano de Freitas, que conhece a situação e não age para evitar os problemas.