A suspensão da venda de ativos da Enel na Bolsa de Valores levou o deputado Fernando Santana (PT) , a se pronunciar nas redes sociais. "Nenhuma empresa tem coragem ou vai querer comprar ativos de uma empresa que a população inteira, e forma unânime, não gosta dela... todas as empresas do mundo estão de olho nessa situação do Ceará, como estarão de olho em São Paulo, no Rio e Goiás, onde a Equatorial acabou comprando os ativos da Enel. Nosso objetivo no Ceará é que a Enel mude, preste um bom serviço à população, cobre um preço justo por isso", disse.
Fernando Santana é vice-presidente da Assembleia Legislativa do Ceará e preside a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que investiga a Enel no Ceará.
Já a Enel, por meio de comunicado ao mercado, confirmou que está suspendendo temporariamente o processo de venda da sua operação de distribuição de energia no Ceará.
A empresa controladora italiana, informou no fim de 2022 que pretendia vender a operação gerida pela Enel Distribuição Ceará.
Na Assembleia Legislativa do Ceará, a CPI da Enel, instalada em agosto, segue ativa ouvindo as partes envolvidas na operação. Entre as novidades trazidas a partir de trocas de informações entre deputados paulistas e cearenses está a de que a Enel Ceará planeja implementar um sistema de cortes via celular.
Fernando Santana revelou ainda ao O Povo, a questão à tribuna nessa terça-feira, 21. "A Enel estuda criar um sistema que tem como objetivo cortar a energia, por meio de um aplicativo de celular, sem precisar o técnico ir até o endereço do cidadão. Olha a que ponto chegamos. Estão criando um sistema para cortar a energia, e não para melhorar o serviço", criticou.
O atual contrato da Enel Ceará para operação de distribuição de energia no Ceará vence em 13 de maio de 2028.
Ouça a fala do deputado Fernando Santana aqui: