A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematerce), escritório de Maranguape, região metropolitana de Fortaleza, atende a 100 unidades de produção de acerola de pequeno e médio portes. Dentre as propriedades assistidas, está a fazenda Nossa Senhora de Fátima, do agropecuarista Nazareno Cordeiro que, em parceria com o administrador e rendeiro, José Moura de Lima (Ferreira), plantaram 2.500 pés de aceroleiras, 750 pés de limoeiros da variedade taití e 2.200 pés de goiabeiras.
A Ematerce atende aos fruticultores da região de Maranguape, desde a implantação das culturas, tratos e orientação de tendência de mercado consumidor, informa o expansionista da Ematerce, Daniel Frota.
Na fazenda Nossa Senhora de Fátima, a colheita da fruta é feita diariamente, durante todo o ano, e o fornecimento realizado três vezes por semana, aos compradores da Ceasa de Maracanaú. Atualmente, os preços pagos pelas frutas são compensadores. O mercado paga pela caixa de 25 quilos de acerolas o valor de R$ 70,00, da goiaba R$ 50,00 e do limão R$ 60,00, auferindo em torno de 40% de lucro líquido.
Acerola no Brasil
O maior produtor de acerola do Brasil é Pernambuco, com 23,11% da produção nacional, seguido pelo Ceará, com 14,32%, e Bahia, com 10,48% (informação da Embrapa). No Ceará, as regiões da Serra da Ibiapaba, Cariri, Maciço de Baturité e Maranguape são os maiores produtores do Estado.
Existem, vários produtores de acerola orgânica, disseminados por todas as regiões e com especial ascensão nas regiões da Ibiapaba, Sertão Central e Cariri. A região do Nordeste detêm 64% da produção nacional da fruta.
Histórico
A acerola chegou ao Brasil em 1958. Adaptou-se e foi disseminada pelo território, através do empenho pessoal da engenheira agrônoma e professora, Maria Celene Ferreira Cardoso de Almeida, da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), que a trouxe da Costa Rica, na bagagem pessoal.
Hoje, muitos brasileiros têm o conceito de que a acerola é uma fruta nativa do Brasil, porque se cultiva, com facilidade, a aceroleira em residências, parques e jardins. O cultivo e consumo são bastante estimulados, pois a mídia especializada a coloca como importante fonte de vitamina C. Quando comparada com o suco de limão ou de laranja, possui de 50 a 100 vezes maior teor dessa vitamina, respectivamente.
Essa alta concentração da vitamina C expressa sua importância como atividade funcional, porque possui antioxidantes que atuam sobre radicais livres e tem ação imunoestimulante. Além disso, o plantio promove produção e comercialização da acerola em diferentes regiões do Nordeste e no Estado de São Paulo, com benefícios sócio-ambientais, minimizando o êxodo rural e garantindo rentabilidade ao homem do campo, como ocorreu em Junqueirópolis, São Paulo. Em 2015, comemora-se no Brasil 57 anos da chegada desta fruta estrangeira, mas que se naturalizou brasileira, a cereja das Antilhas, popularmente conhecida como acerola.