quarta-feira, 25 de outubro de 2023

Superação: jovem de 25 anos diagnosticada com câncer de mama em Juazeiro do Norte realiza tratamento e alcança a cura


Quando Talita Moreira da Silva, então com 25 anos, identificou uma alteração no seio, acreditou que fosse apenas uma displasia — desenvolvimento celular fora do normal, que pode gerar a má-formação de um tecido ou órgão de qualquer parte do corpo humano. Baseada na própria percepção, optou por não buscar atendimento médico imediato. Sem querer acreditar na gravidade no quadro, decidiu esperar o nódulo sumir. 

Após algumas semanas sem melhorias, ela marcou a consulta que iria mudar a sua vida. A assistência aconteceu pelas mãos da ginecologista e mastologista Natália Bastos, recém-chegada ao corpo médico da Hapvida NotreDame Intermédica em Juazeiro do Norte. 

No atendimento, a profissional solicitou uma ultrassonografia para aprofundar a investigação. “A Talita foi uma das minhas primeiras pacientes quando cheguei ao Cariri. À época, a gente não pediu a mamografia, porque ela era muito nova, tinha 25 anos”, lembra.

A conduta seguinte consistiu na realização da biópsia. “O resultado demora alguns dias para sair e, todos os dias, eu verificava se já havia algum diagnóstico. Eu estava no trabalho quando abri a imagem. Na hora, caiu a ficha que não era uma coisa boa”, relembra.

Na consulta seguinte, Talita confirmou o diagnóstico de câncer de mama. A paciente, então, iniciou uma jornada composta por exames complementares para consolidar uma investigação mais profunda e traçar o melhor tratamento possível. “Quando você tem um diagnóstico similar, você fica sem perspectiva. Eu me perguntava por que aquilo estava acontecendo comigo. Eu não tenho caso na família diretamente”, relata.

Talita precisou passar pela mastectomia total de um dos seios, seguida de quimioterapia. “Em julho de 2020, concluí meu tratamento e dei graças a Deus que o pior já tinha passado. Deus faz a gente passar por certas coisas que às vezes a gente não entende, mas em nenhum momento perdi minha fé”, garante.

“Pacientes com esse diagnóstico têm uma resiliência gigantesca e uma esperança inigualável”, destaca Natália.

A médica reforça, ainda, a importância do autoconhecimento sobre o corpo. “A prevenção primária é fundamental. Por meio dela, a paciente identifica, de maneira precoce, se há sinais de alerta. Com isso, torna-se possível buscar assistência em tempo hábil. Além disso, para os casos impalpáveis, devem ser realizados, periodicamente, exames de rastreamento, como mamografia e ultrassom”, orienta a profissional.

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