Foto: José Leomar/Alece |
O deputado Fernando Santana (PT), presidente da CPI da Enel, comunicou, no primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará desta quarta-feira (27/09), que esteve na terça-feira (26/09) no Palácio da Abolição para uma reunião com a direção da empresa de energia.
Durante o encontro solicitado pela própria empresa, foi apresentado um plano para ampliar o serviço, que, conforme explicou, não convenceu. “Me apresentaram um relatório de apenas cinco páginas, destacando como eles pretendem melhorar o serviço de 2023 a 2027”, relatou. No entanto, o parlamentar ressaltou que não cairá na armadilha e afirmou que a decisão sobre a permanência da Enel no Estado deverá ser julgada pelo povo cearense, não pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que, para ele, "mais parece um puxadinho para atender os interesses da Enel do que servir ao povo do Ceará".
Fernando Santana também relatou as inúmeras reclamações e relatórios apresentados por órgãos como o Procon, Decon, Conerj, Ministério Público Estadual e Federal, evidenciando que todas as denúncias são legítimas. Ele mencionou os esforços da CPI e a luta dos 46 deputados para encontrar uma solução.
“E só tem uma. Ou a Anel muda o modo de trabalhar, respeita o povo cearense e consegue ter a satisfação do povo ou ela se muda do estado do Ceará. Se não mudar, ouvindo os órgãos competentes, vamos convocar a população e tirar essa Enel do nosso Estado, porque ninguém aguenta mais”, afirmou.
Em aparte, o deputado Cláudio Pinho destacou que o pronunciamento do deputado representa o clamor da sociedade cearense, que está cansada dos problemas causados pela empresa. Ele mencionou a lentidão nos serviços, contrastando com a rapidez para cortar a energia, quando há atraso no pagamento.
O deputado Marcos Sobreira parabenizou Fernando Santana e os demais membros da CPI, destacando a resposta enérgica da Casa ao povo cearense. Ele ressaltou que, se não fosse pela atuação efetiva do parlamento e do trabalho da CPI, a situação estaria muito pior para a população.