terça-feira, 5 de setembro de 2023

Confissões de Cid implicam cada vez mais o ex-presidente Jair Bolsonaro


A série de depoimentos do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), tem implicado cada vez mais o antigo chefe na série de escândalos eclodidos após o fim do mandato.

À Polícia Federal (PF), Cid admitiu que as joias recebidas pela Presidência da República de Bolsonaro eram de “interesse público, mesmo que sejam privados”, o que piorou substancialmente sua situação no Judiciário.

Segundo apurou a jornalista Juliana Dal Piva, em sua coluna no portal de notícias UOL, as mensagens encontradas no telefone social do militar mostram imagens da Lei 8.394, destacando trecho comprovando o que afirmava.

A conversa foi com Fabio Wajngarten, atual advogado e ex-chefe da Secretaria Especial de Comunicação Social de Jair Bolsonaro. Deu-se em 5 de março, dois dias depois de reportagem a respeito da entrada ilegal no Brasil do colar e diamantes, e também da existência de um segundo kit de joias.

Crimes

“Parece que hoje deu uma acalmada”, escreve Cid a Wajngarten, referindo-se à repercussão da matéria.

Na sequência, Wajngarten encaminha a reportagem do recibo do segundo kit, chamado Rose Gold, que entrou no Brasil sem declaração em outubro de 2021. Cid toma um susto e começa a responder perguntas sobre o relógio.

“Foi entregue o relógio e deu entrada no acervo. A mesma coisa que foi feita no primeiro (relógio) ia ser feita no segundo”, afirma Cid.

Wajngarten, então, continua:

“Quem entrou com esse? O (almirante) Bento (Albuquerque, ex-ministro das Minas e Energia)?”.

Cid responde:

“Não sei”.

Adiante, o ex-ajudante de ordens passa a enviar as mensagens sobre a legislação.

(Correio do Brasil)

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