Líder do PDT na Assembleia Legislativa do Ceará, Guilherme Landim expôs uma "decepção" com o partido. "Hoje como parlamentar, não falo pelo PDT", acrescentou ele, logo após discurso do presidente da Casa, Evandro Leitão, nesta terça-feira (29). Na tribuna, Leitão se despediu do PDT e acusou suposta "perseguição" que estaria sofrendo no partido desde a campanha eleitoral de 2022.
'É uma perseguição desde o ano passado', diz Evandro Leitão sobre impasse com PDT nacional.
"Quero me solidarizar com Vossa Excelência, por tudo que vem sofrendo ao longo de todo esse tempo e dizer da minha decepção com o partido", disse. Landim afirmou estar "triste" e "incomodado" não apenas pela situação de Evandro Leitão no PDT, mas também sobre a forma como a Executiva Nacional tem tratado a presidência interina do senador Cid Gomes no diretório do Ceará.
"Incomodado com a forma como vem sendo tratado o senador Cid Gomes nessa presidência interina. Tem exercido de maneira democrática essa presidência mesmo que interina. Mas todo ato que ele faz de manhã, é desfeito ou desmoralizado à tarde. É muito difícil".
Landim também citou a votação do PDT Ceará, na última sexta-feira (25), quando o diretório estadual concedeu carta de anuência a Evandro Leitão para a desfiliação da sigla. "A democracia no partido só acontece quando convém a algumas pessoas", alfinetou.
Ainda na sexta-feira, o presidente da Executiva Nacional do PDT, deputado federal André Figueiredo, informou que a decisão sobre a carta de anuência era "nula". "Não existe a possibilidade de haver uma carta de anuência sem a aquiescência da Direção Nacional", disse.
Nesta terça-feira, o presidente nacional licenciado do PDT e ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, informou que o partido irá disputar judicialmente o mandato de Evandro Leitão. "Já estamos entrando com uma ação para coibir isso, porque fere o estatuto do partido", disse Lupi ao Diário do Nordeste.
(Luana Barros/Alessandra Castro/DN)