sábado, 26 de agosto de 2023

Empresário e ex-PMs são denunciados por matar a tiros advogado Di Angelis Morais, em Fortaleza


Dois ex-policiais militares e um empresário do ramo de combustíveis foram denunciados pelo Ministério Público do Ceará (MPCE). O trio é acusado pelo assassinato do advogado Francisco Di Angellis Duarte de Morais, morto na Parquelândia, em Fortaleza, quando estava prestes a chegar em casa.

Conforme a denúncia, o empresário Ernesto Wladimir de Oliveira Barroso teria encomendado a morte do advogado para se vingar de uma extorsão. Na versão do empresário, dias antes ele pagou R$ 800 mil para a vítima em troca que ela tirasse do ar reportagens de um portal que colocavam em questão a 'ascensão financeira' de Ernesto: "de acordo com o acusado, as publicações eram um ataque à sua pessoa e levantavam dúvidas quanto a honestidade de seu patrimônio".

Também são denunciados os ex-PMs José Luciano Souza de Queiroz e Glauco Sérgio Soares Bonfim. O MP pede que, em caso de condenação, seja fixado valor de R$ 1 milhão para reparação dos danos à família da vítima, "que se sentiu violentamente privada do convívio em razão da conduta criminosa".

"O crime tem como mandante o acusado Ernesto. Por sua vez, os réus José Luciano e Glauco agiram como executores materiais do delito", diz trecho da denúncia do MP.

"O motivo do delito é de natureza torpe, eis que consistente em vingança devido à extorsão praticada pela vítima. A vítima teria exigido a quantia de R$ 800.000,00 (oitocentos mil reais), efetivamente pago pelo réu Ernesto, constituindo o homicídio o justiçamento pela extorsão e um recado de que jamais poderia ser incomodado, dessa forma, outra vez", afirma o órgão ministerial.

A defesa do empresário disse que ainda não tomou conhecimento da denúncia. "Quando tomar ciência se manifestará nos autos do processo". 

Já Alexandrina França, advogada dos ex-PMs disse que "a denúncia foi ofertada hoje, o escritório está fazendo as análises iniciais, ainda sendo prematuro algum pronunciamento em razão da ação penal acabei de ser instaurada e tratar-se de um processo que conta com uma investigação policial extremamente extensa e complexo".

(Emanoela Campelo/Diário do Nordeste)

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