Neste sábado (19), o presidente regional do PSD, Domingos Filho, anunciou, que decidiu entregar os cargos que os aliados e correligionários políticos ocupavam na Prefeitura de Fortaleza. A decisão foi adotada após recado do prefeito José Sarto (PDT).
Sarto não escondeu de ninguém insatisfação com o malabarismo de Domingos Filho e chegou a comentar que, após se aliar ao Palácio da Abolição, o PSD deveria desocupar os cargos na administração municipal.
Domingos rompeu, em 2022, a aliança com o PT, se aliou ao então candidato do PDT ao Governo do Estado, Roberto Cláudio, e, como contrapartida, recebeu duas secretarias regionais e algumas dezenas de cargos na administração municipal de Fortaleza.
A aliança com o PDT durou pouco e, com a articulação do presidente da Assembleia Legislativa, Evandro Leitão, Domingos se reaproximou do Palácio da Abolição e garantiu, assim, o PSD na coligação que o PT irá liderar, em 2024, para reconquistar a Prefeitura da Capital.
Como justificativa para romper a parceria com o PDT, Domingos resgata fatos históricos da relação com José Sarto para classificar a convivência como instável. ‘’A relação entre Domingos Filho e José Sarto nunca foi muito amistosa’’, destaca um dos trechos da nota divulgada, nesta manhã, pela assessoria de imprensa do PSD.
Domingos, ao aceitar os cargos na Prefeitura, não viu objeção na relação com José Sarto como obstáculos para o PSD fazer parte da gestão do pedetista.
A nota observa, ainda, que ‘’os dois (Sarto e Domingos) chegaram juntos na Assembleia Legislativa em 1995 filiados ao PMDB e logo passaram a disputar espaços na Mesa Diretora da Assembleia Legislativa em campos opostos’’.
A nota registra, nesse cenário, que ‘’Domingos venceu as disputas internas que travaram, o que o levou a deixar o PMDB que até então tinha Juraci Magalhães como sua maior liderança, a quem Sarto fazia oposição. Sarto saiu do Partido e aliou-se a Ciro Gomes no PPS, a época o maior opositor do Prefeito de Fortaleza Juraci Magalhães’’.
