Terminou na madrugada deste domingo, 25, o julgamento dos quatro primeiro réus da Chacina do Curió. Quatro policiais militares foram considerados pelo tribunal do júri culpados por 11 homicídios, além de tentativas de homicídio e torturas.
Wellington Veras Chagas, Ideraldo Amâncio, Marcus Vinícius e Antônio José de Abreu Vidal Filho foram os primeiros de 34 PMs julgados, e condenados, pelos 11 assassinatos. Cabe recurso, mas eles devem cumprir a pena, inicialmente, em regime fechado e tiveram a prisão provisória decretada.
Outros dois julgamentos do caso, envolvendo outros 16 acusados, estão marcados para agosto e setembro deste ano.
Os quatro policiais militares foram condenados pelos homicídios de Antônio Alisson, Jardel Lima, Pedro Alcântara, Alef Souza, Marcelo da Silva, Renayson Girão, Jandson Alexandre, Patrício João, Francisco Elenildo, José Gilvan e Valmir Ferreira.
Os crimes foram considerados por motivo torpe e uso de recurso que impossibilitou a defesa. Eles ainda foram considerado culpados por tentativas de homicídio e por torturas.
Tempo de prisão de condenados pela Chacina do Curió
Wellington, Ideraldo, Marcus e Antônio José receberam 11 condenações de 19 anos e três meses de prisão, cada uma por um assassinato: quase 212 anos, cada. Eles ainda receberam penas pelas tentativas de homicídio e por torturas.
Ao todo, Wellington foi condenado a 275 anos e 11 meses de prisão. Teve ainda a prisão provisória decretada e perdeu o cargo de policial militar. Ideraldo recebeu as mesmas penas. Assim como Marcus Vinícius e António José. Ao todo, somado, eles foram apenados em 1.103 anos e 8 meses de prisão.
Como Antônio José encontra-se fora do Brasil — ele mora nos Estados Unidos —, a Justiça decidiu emitir um alerta vermelho, enviado à Interpol, para a prisão dele.
Ressalte-se que o tempo máximo de cumprimento das penas privativas de liberdade no Brasil é de 40 anos.
(Alexia Vieira/O Povo)