quinta-feira, 22 de junho de 2023

CPMI do 8/1: cearense foragido está em alerta vermelho da Interpol, diz delegado


O caso do blogueiro cearense Wellington Macedo, apontado como um dos envolvidos na tentativa de atentado com bomba próximo ao Aeroporto de Brasília, foi pauta na sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas de 8 de janeiro, realizada nesta quinta-feira, 22.

Segundo o Diretor do Departamento de Combate à Corrupção (Decor) da Polícia Civil do Distrito Federal, Leonardo de Castro, Macedo consta em lista de "alerta vermelho da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol)" e continua foragido desde a época dos ataques em Brasília.

Em dado momento da sessão, a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) questionou Leonardo de Castro sobre a tentativa de atentado a bomba no DF, quando citou Macedo e fez referência à sua passagem pelo Ministério dos Direitos Humanos, à época comandada por Damares Alves (Republicanos-DF), atual senadora da República.

“Wellington, que está foragido, tem notícia? Ele era assessor da senadora Damares até onde a gente sabe, mas não sabemos nada mais sobre o paradeiro. Ele rompeu a tornozeleira e sumiu. Tem mais informações sobre isso?”, questionou a deputada

Leonardo respondeu que nos dias seguintes à tentativa de atentado, foram feitas “diligências, viagens com apoio da PF”, mas que o cearense não foi encontrado. “Fizemos representação no juízo do DF, solicitando a inclusão dele (Wellington) em alerta vermelho da Interpol. Isso foi deferido e hoje ele está alerta vermelho e foragido”, pontuou.

Posteriormente, a senadora Damares pediu a palavra para questionar a relação feita por outros parlamentares entre Macedo e sua atuação como ministra. “Meu nome é citado alegando que o jornalista Wellington era meu assessor. O jornalista nunca foi meu assessor e vamos acabar, já, com essa narrativa. Esse jornalista trabalhou em uma secretaria ligada ao ministério. Se é para a gente investigar, vamos trabalhar em cima de verdades na CPMI”.

O senador Magno Malta (PL-ES) reforçou ainda que Damares não teria ligação com os atos de Macedo. "Ainda que ele tivesse sido assessor da senadora Damares, ela não tem bola de cristal para saber quem é bandido e quem não é", disse o parlamentar ao encerrar o assunto naquele momento.

Macedo trabalhou no Ministério dos Direitos Humanos, quando Damares comandava a pasta, no início do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele era assessor da Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente. As autoridades continuam a procura de Macedo, que continua em localização desconhecida.

Após a instalação da comissão houve um requerimento pela convocação de Macedo. A proposta foi feita pelo deputado federal Duarte (PSB-MA). Já o senador Rogério Carvalho (PT-SE) pediu a quebra dos sigilos do jornalista e de outros dois envolvidos na tentativa de atentado em Brasília: George Washington de Oliveira Sousa e Alan Diego dos Santos Rodrigues.

(O Povo)

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