segunda-feira, 29 de maio de 2023

Pedida convocação de cearense para depor na CPMI dos Atos Golpistas


A recém-instalada Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas de 8 de janeiro somou, em quatro dias, 449 requerimentos, até as 23 horas de domingo. Dois dos requerimentos dizem respeito ao jornalista cearense Wellington Macedo de Souza, apontado como um dos envolvidos em tentativa atentado com bomba em caminhão-tanque próximo ao Aeroporto de Brasília.

A convocação de Macedo foi proposta pelo deputado federal Duarte (PSB-MA). O cearense está foragido. O senador Rogério Carvalho (PT-SE) pediu a quebra dos sigilos do jornalista e de outros dois envolvidos no atentado: George Washington de Oliveira Sousa e Alan Diego dos Santos Rodrigues.

Alan Diego disse às autoridades que Wellington Macedo acompanhou a instalação da bomba no caminhão-tanque, na véspera do Natal do ano passado. À Polícia Civil do Distrito Federal, Alan Diego confessou ter colocado o explosivo pessoalmente. Alan e George Washington foram condenados. O caso do cearense foi desmembrado.

A CPMI começou no modo "guerra" de requerimentos. Longe dos holofotes das sessões transmitidas ao vivo, deputados e senadores batalham nos bastidores para emplacar seus requerimentos, que, ao cabo, podem guiar os rumos das investigações e fazer prevalecer determinadas narrativas.

Não há limite para a apresentação de requerimentos, mas os parlamentares precisam convencer seus pares da necessidade de aprovar as suas demandas. A presidência da comissão precisa pautar os pedidos e a maioria votar pela aprovação.

Há pedidos desde a convocação de ex-ministros do governo Jair Bolsonaro (PL), como Anderson Torres, até aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Marcos Amaro.

(Estadão)

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