quinta-feira, 25 de maio de 2023

CPMI dos atos golpistas escolhe mesa diretora, com Cid Gomes de vice


A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os ataques às sedes dos Três Poderes em 8 de Janeiro realiza nesta quinta-feira, 25, a primeira reunião do colegiado. Deputados e senadores indicados para a comissão elegeram os parlamentares que vão compor a mesa diretora. Ficou na vice-presidência o senador cearense Cid Gomes (PDT).

O presidente da CPMI é o deputado federal Arthur Maia (União Brasil-BA), com Magno Malta (PL-BA) vice-presidente, enquanto a relatoria ficou com a senadora Eliziane Gama (PSD-MA).

A comissão foi inicialmente presidida pelo parlamentar mais velho escolhido para compor a comissão, no caso o senador e líder Otto Alencar (PSD-BA). Após a abertura, foram eleitos o presidente e vice da comissão. O relator foi indicado, posteriormente, pelo presidente.

Houve acordo entre governo e  para que haja consenso quanto aos nomes que serão ocupados na mesa diretora. A composição foi questionada pelo senador Espiridião Amin (PP-SC) porque não existiria, segundo o regimento, o cargo de segunda vice-presidência.

 CPMI elegeu os cargos, mas enviou à Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC) um recurso para avaliar se o cargo pode existir neste caso.

Enquanto conduzia o início dos trabalhos, Otto Alencar chegou a confundir Cid Gomes com o irmão. "Primeiro vice-presidente é o senador Ciro Gomes... Cid, desculpe-me ter trocado o nome. É Cid, Ciro é o nosso candidato a presidente, o irmão mais calmo, né", brincou. Houve risos. Líder governista, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP) completou: "Não lembra do Ciro que ele tá fazendo palestra". Houve mais risadas.

A CPMI é formada por 16 senadores e 16 deputados federais titulares, com igual número de suplentes de cada Casa e vai investigar a invasão e depredação das sedes dos Três Poderes em Brasília no dia 8 de janeiro.

O deputado de oposição André Fernandes (PL) pleiteava presidir o colegiado, por ser o autor do requerimento que criou a comissão. No entanto, ele não entrou na disputa. A base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que ele só participaria como investigado, por ter potencialmente incentivado dos atos em inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF).

(O Povo)

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