A sinalização de descontentamento dada pelas lideranças do MDB, Republicanos e PP levou o Palácio da Abolição a estancar as negociações para o grupo do ex-vice-governador Domingos Filho (PSD) aderir ao Governo do Estado. A insatisfação foi exposta, também, pelo líder do Governo na Assembleia Legislativa, Romeu Aldigueri (PDT).
Domingos já vinha comemorando o avanço nas conversas com interlocutores da administração estadual, mas houve uma dura reação de lideranças partidárias que se aliaram em 2022 para eleger Elmano de Freitas e Camilo Santana e que, hoje, compõem a base de apoio ao Governo do Estado.
O argumento dessas lideranças é de que, nas eleições de 2022, Domingos estava na chapa de Roberto Cláudio (PDT), foi ácido nas críticas a então Governadora Izolda Cela a quem acusou de cooptar prefeitos para apoiarem às candidaturas de Elmano, ao Governo, e de Camilo, ao Senado e, no atual cenário, com apenas um voto na Assembleia Legislativa, o PSD pouco acrescentaria à base parlamentar governista.
O PSD ocupa três cadeiras na Assembleia Legislativa – Fernando Hugo, Lucílvio Girão e Gabriella Aguiar, sendo que, nesse bloco, Domingos, com segurança, tem apenas o voto da filha. Hugo e Girão construíram linha direta com o Palácio da Abolição e a postura de cada um nas votações de interesse do Governo independe da orientação da cúpula estadual do PSD.
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