Por recomendações médicas, o Papa Francisco não acompanhou a tradicional procissão da Via Sacra até o Coliseu, em Roma. É a primeira vez, em 10 anos de papado, que ele deixa de participar da cerimônia. Mais cedo, Francisco celebrou a Paixão de Cristo, no Vaticano.
Numa Basílica de São Pedro tomada pelo silêncio, o papa beijou a cruz, em um gesto de adoração e penitência. Para os cristãos, é dia de celebrar a Paixão de Cristo em recolhimento, fazendo jejum e com abstinência de carne.
Como já é tradição, o sermão desta Sexta-Feira Santa no Vaticano ficou por conta do pregador do papa. "Nós matamos Jesus. Ele morreu pelos nossos pecados", afirmou o cardeal Raniero Cantalamessa, destacando que, com a ressurreição de Cristo, o nosso arrependimento pode nos conduzir a "apoteose da vida".
Agora à noite, diante do Coliseu, milhares de fiéis lembraram as últimas horas de Jesus -- o julgamento, o caminho até o calvário e a crucificação. Durante as 14 estações, muitas orações pelos refugiados de conflitos em várias partes do mundo. Debaixo da mesma cruz, um ucraniano e um russo fizeram, juntos, um apelo pela paz, num dos momentos mais significativos desta Semana Santa. A
A Via Sacra no Coliseu é uma tradição que começou no século XVIII. A ausência do papa se deve à insistência dos médicos. Isso porque está fazendo muito frio em Roma e, ficar ao ar livre à noite, por mais de 2 horas, poderia ser perigoso para ele, que ainda se recupera da bronquite que o levou a ser internado na última semana.