Afastado do cargo desde a última terça-feira, 18, o prefeito de Pacatuba, Carlomano Marques (MDB), teve piora no quadro de saúde e foi internado na noite da quinta-feira, 20, na UTI do Hospital São Mateus, em Fortaleza. Com a evolução do caso, a defesa do prefeito apresentou novo pedido de revogação da prisão temporária do emedebista.
Segundo boletim médico, o prefeito afastado precisou de atendimento intensivo após passar por uma uma piora na função renal. Hipertenso e portador de sequelas de um acidente vascular cerebral (AVC), ele está internado desde a última terça-feira, 18, com quadro de insuficiência cardíaca causado por uma pneumonia.
A hospitalização ocorreu logo após Carlomano ser alvo da Operação Polímata, deflagrada pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) contra supostos crimes de lavagem de dinheiro e outras irregularidades em contratações da Prefeitura de Pacatuba. Além do próprio Carlomano, outras 22 pessoas foram presas, incluindo oito secretários municipais, funcionários da Prefeitura e empresários que mantinham contratos com a gestão.
A Justiça afastou os gestores das funções por 180 dias e determinou o encerramento imediato dos contratos da Prefeitura com empresas e pessoas físicas investigadas. Na investigação, o MP teria identificado R$ 19 milhões em despesas sem licitação para atividades diversas. De acordo com o órgão, haveria indicativo de ausência de capacidade dos contratados de executar a finalidade para a qual foram contratados.
No momento em que a Polícia Civil cumpria os mandados de prisão, Carlomano passou mal e veio a ser hospitalizado. No Hospital São Mateus, o prefeito é acompanhado por uma escolta policial. Na última quarta-feira, 19, o sobrinho do emedebista e vice-prefeito de Pacatuba, Rafael Marques (MDB), tomou posse e defendeu o tio das acusações. “Ninguém foi julgado, tudo é investigação”, destacou.
Após a prisão do prefeito de Pacatuba Carlomano Marques (MDB) e seu afastamento por 180 dias, seu sobrinho Rafael Marques (MDB), então vice-prefeito, tomou posse como chefe do Executivo municipal, na tarde desta quarta-feira, 19. Durante o ato, ele defendeu o tio das acusações e pediu um voto de confiança da população. “Ninguém foi julgado, tudo é investigação. Então, nós estamos sendo chamados por essa decisão. Estou assumindo o cargo de prefeito do município de Pacatuba. Peço a todos que confiem em mim”.