terça-feira, 7 de março de 2023

PF deflagra operação contra fraudes de R$ 50 mi no Auxílio Emergencial


A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta 3ª feira (7.mar), uma operação para desarticular uma organização criminosa que fraudou mais de 10 mil contas do Auxílio Emergencial -- em um prejuízo estimado em mais de R$ 50 milhões.

Os policiais cumprem dois mandados de prisão preventiva e outros 47 mandados de busca e apreensão em 12 estados e no Distrito Federal, expedidos pela 9ª Vara Federal de Campinas, interior de São Paulo.

A Operação Apateones -- que significa 'fraudadores' em grego -- acontece simultaneamente em:


Brasília, Distrito Federal

Goiânia, Goiás

Santo Antônio do Descoberto, Goiás

São José do Rio Ribamar, Maranhão

Alta Floresta, Mato Grosso

Juína, Mato Grosso

João Pessoa, Paraíba

Paulista, Pernambuco

Recife, Pernambuco

Jaboatão dos Guararapes, Pernambuco

Paudalho, Pernambuco

Teresina, Piauí

Colorado, Paraná

Rio de Janeiro, Rio de Janeiro

Nova Iguaçu, Rio de Janeiro

Machadinho d'Oeste, Rondônia

Ariquemes, Rondônia

Porto Velho, Rondônia

São Leopoldo, Rio Grande do Sul

Guarulhos, São Paulo

Sorocaba, São Paulo

Ibiúna, São Paulo

Valinhos, São Paulo

Araras, São Paulo

Marília, São Paulo

Palmas, Tocantins

Os 37 suspeitos envolvidos na operação são investigados pelos crimes de furto mediante fraude, estelionato e organização criminosa. As penas, somadas, ultrapassam 22 anos de prisão.

A operação é resultado da Estratégia Integrada de Atuação contra as Fraudes ao Auxílio Emergencial (EIAFAE), da qual participam em conjunto: Polícia Federal, Ministério Público Federal, Ministério da Cidadania, Caixa Econômica Federal, Receita Federal, Controladoria-Geral da União e Tribunal de Contas da União.


Operação Apateones

A investigação foi iniciada em agosto de 2020, após a Caixa Econômica Federal encaminhar à PF em Brasília (DF) dados sobre 91 benefícios do Auxílio Emergencial fraudados. Eles correspondiam a mais de R$ 54 mil e foram desviados para duas contas bancárias de Indaiatuba, interior de São Paulo.

Uma apuração da Delegacia de Polícia Federal em Campinas, também no interior de São Paulo, acabou descobrindo, então, outras milhares de fraudes.

O rastreamento inicial das transações indicou que parte dos envolvidos estavam situados nos estados de Goiás e Rondônia. Em um segundo momento, a PF verificou que os beneficiários em questão receberam valores provenientes de ao menos 359 contas do Auxílio Emergencial, fraudadas por meio de pagamento de boletos e transferências bancárias.

Após análises de relatórios de inteligência financeira e quebra de sigilos bancários, a força-tarefa estima que a organização criminosa movimentou mais de R$ 50 milhões, em aproximadamente 10 mil contas fraudadas.

Além dos mandados de busca e apreensão, a Justiça Federal autorizou, ainda, o bloqueio de bens e valores encontrados em nome dos investigados.

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