O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, revelou que a Polícia Federal descobriu a existência de um plano para matar com um tiro de fuzil o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na cerimônia de posse, em Brasília, no dia 1º de janeiro. A declaração foi dada em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo.
De acordo com o ministro, a PF identificou que atentado teria sido planejado por troca de mensagens. Um dos envolvidos era o bolsonarista radical George Washington de Oliveira Sousa, acusado arquitetar um ataque a bomba no Aeroporto da Capital Federal dias antes do petista assumir a presidência. Ele está preso desde o dia 24 de dezembro.
“Esse cidadão que está preso, da bomba, do aeroporto, ele estava fazendo treino e obtendo instruções de como dar um tiro de fuzil de longa distância. Havia atos preparatórios para a execução de um tiro que ia ser um tiro no dia da posse de Lula”, afirmou Dino. Além da prisão de Washington, a PF apreendeu uma arma de longa distância com um outro bolsonarista radical no dia 29 de dezembro.
O homem, natural de Caruaru (PE), divulgava vídeos nas redes sociais ameaçando atirar em Lula no dia da posse. "Subir a rampa ele sobre, só não sei se termina", disse o extremista em uma das gravações.
Por causa das ameaças recentes, Dino ressaltou que os cuidados com a segurança de Lula são maiores. A proteção imediata, que antes cabia ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI), foi transferida a um núcleo especial formado por servidores de carreira da PF.
(O Povo)