A cerimônia de posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para seu terceiro mandato presidencial começou no início da tarde deste domingo (1º/1), em Brasília, com a Praça dos Três Poderes lotada. Cerca de 40 mil apoiadores acompanham o evento presencialmente.
Conforme previsto, às 14h30 Lula subiu no Rolls-Royce. O petista foi acompanhado da primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja; do vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB); e da vice-primeira-dama, Lu Alckmin.
Às 14h40, Lula chegou ao Congresso Nacional, onde foi recebido pelos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG)
Em seguida, Lula e Alckmin fizeram o juramento e foram empossados por Pacheco. O petista assinou o termo de posse às 15h10 com uma caneta que, segundo ele, ganhou em 1989 de um cidadão no Piauí.
Lula iniciou o seu discurso com uma série de críticas ao governo de Jair Bolsonaro (PL). “A democracia foi a grande vitoriosa nesta eleição”. Ele também destacou o compromisso com o combate à fome. “Nenhuma nação se ergueu ou poderá se erguer sobre a miséria do seu povo”, disse.
“A democracia será defendida pelo povo na medida em que garantirá a todos e a todas os direitos descritos na Constituição”, acrescentou, após criticar o fascismo.
O presidente empossado disse também que a roda da economia vai voltar a girar. “Vamos retomar a política de valorização permanente do salário mínimo e estejam certo que vamos acabar mais uma vez com a vergonha fila do INSS, outra injustiça reestabelecida nesses tempos de destruição.”
“Estamos revogando os criminosos decretos de ampliação de acesso a armas e munições que tanta insegurança causaram às famílias brasileiras. O Brasil não quer e não precisa de armas na mão do povo. O Brasil precisa de segurança, de livro, de educação e de cultura para que a gente possa ser um país mais justo”, acrescentou.
Por sua vez, Pacheco ressaltou que os interesses do país estão acima de questões partidárias. “Como todo novo começo, o Brasil ganha fôlego e se enche de expectativas próprias de quem foi agraciado com uma outra chance. Uma chance de fazer mais, de fazer melhor”, disse o presidente do Senado.
Palácio do Planalto
A sessão terminou por volta de 16h05. Trinta minutos depois, saiu do Congresso e passou tropas em revista. Foi tocado o hino nacional da República. Ao contrário das cerimônias anteriores, não foi realizada a salva de tiros, após pedido da primeira-dama, Janja.
Lula seguiu rumo ao Palácio do Planalto. Ele subiu a rampa às 16h52, acompanhado de Janja e a cachorra Resistência, e do vice Alckmin, além de representantes da sociedade civil.
Lá em cima recebeu a faixa de presidente e chorou.