No segundo dia do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), 1.204 servidores que desempenhavam funções de confiança na gestão de Jair Bolsonaro (PL) foram exonerados. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, confirmou que haverá mais dispensas de comissionados, mas negou qualquer viés ideológico nas demissões.
Ao tomar posse na segunda-feira, 2, Costa disse que o governo Bolsonaro apagou obras não concluídas do sistema federal de monitoramento e, a exemplo de Lula, classificou a herança recebida como "caos".
Dezenove dos 37 ministros foram empossados ao longo do dia. Uma das cerimônias mais concorridas foi a de Alexandre Padilha, novo titular da Secretaria de Relações Institucionais, realizada no Salão Nobre do Palácio do Planalto. Embora também tenha dirigido críticas à gestão Bolsonaro, Padilha adotou tom de conciliação. Um dia depois de ter dito que o Centrão é apenas "um conceito que não existe", o responsável pela articulação política entre o Planalto e o Congresso sustentou que vai tratar todos os partidos "com civilidade e harmonia", mesmo aqueles contrários a Lula.