O ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, solto nesta 2ª feira (19.dez) após seis anos preso em celas com menos de 10 m², agora vai cumprir prisão domiciliar de frente para o mar.
O apartamento fica no quinto andar de um prédio residencial com serviços, em Copacabana, zona sul da capital, e pertence à família dele, tem pouco mais de 80 m². No mercado imobiliário, está avaliado em R$ 3 milhões. Cabral paga também uma taxa de condomínio de R$ 3.500 -- em parte, usada na manutenção da infraestrutura, que inclui piscina, bar e academia de ginástica.
Em casa, Sérgio Cabral terá que cumprir uma série de medidas determinadas pela Justiça, começando pelo uso de tornozeleira eletrônica. O ex-governador está proibido de manter contato com testemunhas e outros investigados nos processos em que é réu, e só poderá deixar o Rio de Janeiro com autorização judicial, mas está liberado para usar a internet e receber a visita de parentes até terceiro grau.
Ainda de acordo com a decisão, ele não poderá dar festas e precisará de autorização para mudar de endereço.
Cabral é o último dos cerca de 300 presos pela operação Lava Jato no Rio de Janeiro a deixar a cadeia. Isso foi possível depois que, na noite de 6ª feira (16.dez), o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou o tempo de prisão preventiva excessivo e suspendeu a última decisão que mantinha o ex-governador em regime fechado -- no caso, por recebimento de propinas pela construção do Comperj, Complexo Petroquímico de Itaboraí. O alvará de soltura foi emitido na tarde desta 2ª feira (19.dez) pela Justiça Federal do Paraná.
