O senador eleito Camilo Santana busca, em Brasília, participação do Ceará no governo Lula, em cargos importantes que estão na grade para ajuste entre partidos da base aliada. Muitos desses cargos encontram-se com o PL, MDB e PP, partidos derrotados por Lula. Camilo quer conquistar ministério e ampliar a participação de cearenses em cargos federais. Isso significa mais recursos para projetos estaduais.
Em Brasília, tudo tem disputa, seja um simples cargo ou pequenos recursos. Paralelo ao debate sobre o Orçamento e a PEC do Bolsa Família, a fase de cargos é debatida em grande sigilo, mas as listas de indicações circulam no prédio da sede de transição.
No Ceará, o BNB é alvo de disputa por lideranças de toda a região Nordeste. Hoje, o banco está sob comando do PP, mas todos os diretores são funcionários do banco. Outro órgão disputado é o DNOCS, que Lula pretende revitalizar, juntamente com a Codevasf e a Sudene. São mais de 120 cargos federais no Ceará a serem preenchidos. Caberá ao PT liderar o processo de indicações. O partido foi expurgado dos órgãos federais no governo Bolsonaro.