A Câmara Municipal de Juazeiro do Norte recebeu, durante a Sessão Ordinária desta quinta-feira (13), o secretário municipal de Cultura, Vanderlúcio Pereira. Atendendo a convocação do Legislativo, ele apresentou a prestação de contas da 44ª Vaquejada de Juazeiro do Norte. Na ocasião, vereadores fizeram questionamentos sobre contratos, cobrança de taxas e denúncias de maus-tratos contra animais.
No balanço financeiro, Vanderlúcio apontou investimento no valor de R$ 454,8 mil para a realização do evento. Este valor é o somatório dos R$ 384,4 mil da arrecadação de impostos e senhas com R$ 70,3 mil de investimento dos cofres do Município.
Autor da convocação, o vereador Darlan Lobo (MDB) questionou o secretário sobre um suposto direcionamento na contratação da OSC que organizou a vaquejada. “O direcionamento é claro. A pessoa que indicou as pessoas para fazer o evento supostamente colocou laranjas. É o que tem que ser investigado”, denunciou.
Vereadores também perguntaram ao titular da Cultura sobre o descumprimento da lei municipal que proibe a cobrança de taxas a ambulantes e barraqueiros dentro do Parque Padre Cícero. Vanderlúcio reconheceu que houve cobranças indevidas e afirmou que os ambulantes prejudicados foram reembolsados.
O presidente em exercício, vereador Capitão Vieira Neto (PTB), contra-argumentou que os valores não foram devolvidos porque, segundo ele, não houve tempo hábil para a conclusão de um processo administrativo. “Não foi devolvido o dinheiro de ninguém. O dinheiro entrou no Município, que não pode sacar e devolver. Um descumprimento da lei”, disse o vereador.
Sobre o suposto direcionamento em contratos da vaquejada, Vieira Neto afirmou que os organizadores anunciaram que realizariam o evento um mês antes de assinar o contrato. “O contrato é de 9 de setembro e, no início de agosto, já anunciavam a vaquejada de Juazeiro do Norte”.
Os vereadores William Bazilio – Bilinha (PMN) e Jacqueline Gouveia (MDB) fizeram perguntas acerca de supostos casos de maus-tratos durante o evento. Ambos relataram o caso de um boi, que apareceu em vídeos mancando, durante a vaquejada.
Vanderlucio esclareceu que o evento foi fiscalizado pela Adagri (Agência de Defesa Agropecuária do Ceará) e pela Secretaria de Meio Ambiente (Semasp), contou com suporte de médico veterinário e atendeu ao Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com o Ministério Público para não utilização de chicotes e esporas.
“Tudo isso foi observado. O bem-estar animal foi observado e a Semasp esteve fiscalizando”, concluiu o secretário.