O deputado Osmar Baquit (PDT) declarou, ao sair de uma conversa com colegas na Assembleia, que “o melhor, no momento, era ser expulso do PDT”. A declaração mostra um misto de descontentamento e decisão de seguir a liderança de Camilo e Elmano. Baquit apoiou e votou nos dois. Antes do início da campanha, pediu ao partido autorização para votar em Camilo. Não recebeu resposta.
Está claro que será difícil um acerto entre alguns deputados e prefeitos que votaram em Roberto Cláudio, com o grupo liderado por Camilo e Elmano. Os problemas vão além do senador eleito e envolve questões regionais.
Hoje, o PDT tem três alas: a primeira segue Camilo (Evandro Leitão, Baquit, Romeu Aldigueri, Jeová Mota e Salmito Filho, a segunda Roberto Cláudio (Antônio Henrique, Queiroz e Cláudio Pinho) e a terceira é a dos neutros (Oriel Nunes, Guilherme Landim, Lia Gomes, Sérgio Aguiar e Marcos Sobreira).
O gabinete do presidente da Assembleia, deputado Evandro Leitão, está sempre cheio de novos parlamentares. A grande maioria vai compor a base do governo Elmano. Se vingar a tese do fortalecimento do PSB no Ceará, sob o comando de Cid Gomes e Evandro Leitão, o partido pode ressurgir como a segunda maior bancada da Assembleia e uma razoável bancada federal. O segundo turno da eleição presidencial pode ser importante para o projeto de vários deputados.