As movimentações no PDT cearense seguem uma lógica, não existe possibilidade de desencontros e falta de harmonia. A reunião da bancada do partido foi iniciativa da cúpula, após ouvir os pré-candidatos, e teve a coordenação do presidente da Assembleia, Evandro Leitão, admirado e respeitado por todos que fazem o parlamento. Se a bancada do PDT fosse responsável pela escolha do candidato ao governo, cravaria Evandro Leitão, em sua maioria.
O presidente do PDT no Ceará, deputado André Figueiredo, havia dito que era hora de “desacelerar”, para seguir em frente tomando decisões. Uma delas foi marcar os dois últimos encontros regionais do partido, em Sobral e Itarema, para depois da escolha do candidato, e iniciar diálogos isolados com os principais atores do processo, para construir a matriz final e o desfecho. Ele recebeu a missão de articular esse novo momento no Encontro do PDT no Nordeste.
O eco das movimentações mais calorosas é aplaudido pelos líderes do partido. A pré-campanha do PDT, com quatro pré-candidatos, virou um sucesso de mídia, porque aqueceu o ambiente político, colocando a população dentro do debate, para decidir o futuro do Ceará, discutindo sobre a quem entregar o governo cearense. O tom mais elevado e o debate emocional pressupõem que o resultado foi positivo.
Na política, muitas vezes, é preciso chegar ao limite do debate, para proceder meditações e decisões. Creio que seja o momento vivido pelo PDT e o PT, que sempre se deram bem em Sobral, mas travam duelos no jogo eleitoral em Fortaleza, convivendo com dificuldades no campo estadual. O amadurecimento parece ter chegado, com os fortes duelos dos últimos dias. A melhor conclusão que se pode ter é a teoria de Cid Gomes, na qual “fatores externos poderão influir na escolha do candidato do PDT ao governo”.