O compositor e multi-instrumentista cearense Tarcísio Sardinha deu entrada em hospital de Fortaleza neste domingo, 9 de janeiro, e segue internado. A informação checada inicialmente seria a de que o músico teria sofrido uma parada cardiorrespiratória. Segundo informações compartilhadas por amigos e parentes nas redes sociais, o estado de saúde de Sardinha é grave.
Em nota, emitida no início da noite, a família do músico afirmou que a internação não foi causada por parada cardiorrespiratória ou infarto, mas o motivo ainda não foi esclarecido.
O também professor e arranjador tem uma trajetória extensa na música. Nascido em uma família de músicos, começou seus estudos sozinho quando era uma criança. Aos 15 anos, passou a se apresentar em rodas de choro. Desde a década de 1990, trabalha como professor de oficinas. Ainda é conhecido por harmonizar nos mais diversos gêneros musicais.
Durante sua trajetória, apresentou-se ao lado de grandes nomes da música brasileira, como Belchior, Fagner, Amelinha, Dominguinhos e Ednardo. Além disso, foi responsável pela direção musical de shows de artistas como Falcão, Fausto Nilo, Zeca Baleiro, Waldick Soriano e Clementina de Jesus.
Seu apelido “Sardinha” surgiu no fim dos anos 1980, quando participou do “Pixinguinha”, primeiro grupo profissional de choro de Fortaleza. O criador da banda, Tróglio, lhe deu o nome em homenagem ao violonista Aníbal Augusto Sardinha.
No fim do ano passado, lançou o disco “Brasileirando”, de 1999, em todas as plataformas digitais. No álbum, há faixas como “Jumento com Coalhada”, “Conversa de Bêbado”, “Fim de Tarde” e “mar de Iracema” e “Meninar”.
Outras obras integram sua discografia, como “Carlinhos Patriolino e Tarcísio Sardinha Ao Vivo” (1998) e “Choro” (2008). Estes, porém, não estão nos streamings de música.
O Povo