O escritor, ideólogo de direita e jornalista Olavo de Carvalho morreu nesta 2ª feira (24.jan), aos 74 anos, segundo comunicado divulgado por sua página oficial no Twitter. Ele estava internado em um hospital na região de Richmond, na Virgínia (EUA). A causa da morte não foi revelada.
Carvalho foi considerado guru da família do presidente Jair Bolsonaro (PL) e um polemista. Ele deixa a esposa -- a filósofa Roxane Carvalho --, oito filhos e 18 netos. Na publicação que confirmou a morte, a família agradeceu aos amigos pelas mensagens de solidariedade e pediu "orações pela alma do professor".
No ano passado, o escritor chegou a ser hospitalizado em ao menos três diferentes ocasiões. Na primeira, na Virgínia, após apresentar problemas respiratórios. Na segunda, em São Paulo, por apresentar crise de angina. E na última, também na capital paulista, com quadro de insuficiência cardíaca e renal aguda, além de infecção sistêmica.
Olavo Luiz Pimentel de Carvalho nasceu em Campinas, no interior de São Paulo, em 29 de abril de 1947. Começou a vida profissional, aos 17 anos, como jornalista do antigo jornal Folha da Manhã. Depois, trabalhou ainda no Jornal da Tarde, Folha de São Paulo, Bravo!, Planeta, Primeira Leitura, Jornal do Brasil, Jornal da Tarde, O Globo, Época, Zero Hora e Diário do Comércio, em todos como ensaísta e colunista e, no primeiro, não só nessas funções, mas também na de jornalista.
Ao longo da vida, escreveu inúmeros livros, páginas de apostilas de cursos e artigos. Entre suas obras, estão Aristóteles em Nova Perspectiva: introdução à Teoria dos Quatro Discursos, O Imbecil Coletivo: Verdades Inculturais Brasileiras e O Mínimo que Você Precisa Saber Para Não Ser um Idiota.
Morava no interior do estado americano da Virgínia desde 2005, quando se mudou do Paraná. Em 2021, a Justiça do Rio de Janeiro manteve determinação para que o ideólogo pagasse uma multa de R$ 2,9 milhões ao cantor e compositor Caetano Veloso, por manter publicações, nas redes sociais, em que chamava o artista de "pedófilo".