A Procuradoria-Geral da União (PGR) abriu uma investigação preliminar contra o ministro da Defesa, general Braga Netto, por declarações dadas por ele sobre a possível interferência nas eleições de 2022, caso não seja adotado o voto impresso.
O parecer, feito pelo procurador-geral, Augusto Aras, foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), com um pedido para suspensão das investigações que estão sendo feitas contra Braga Netto no Supremo. A solicitação foi direcionada ao relator do caso no STF, ministro Gilmar Mendes, e aponta que por haver a averigação preliminar na PGR, não haveria necessidade de investigação em outro local.
"Em face do exposto, tendo em vista que as condutas noticiadas são do conhecimento deste órgão ministerial e estão sendo apuradas em procedimento próprio, o Ministério Público Federal junto ao Supremo Tribunal Federal opina pela negativa de seguimento à petição, arquivando-se os autos", diz trecho do pedido.
A investigação contra o ministro é baseada em reportagens que divulgaram declarações de Braga Netto contra as eleições. O ministro da Defesa teria alegado possível intervenção no pleito de 2022 se não houvesse a mudança no sistema eleitoral. As declarações foram dadas antes da votação sobre o tema no Congresso, e chegaram no gabinete do presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-PI).