No segundo dia de greve declarada, o Ceará e outros cinco estados registraram durante a madrugada e o começo da manhã desta segunda-feira, 26 de julho, manifestações e tentativas de bloqueio de rodovias feitas por caminhoneiros em protesto contra a alta dos combustíveis.
Apesar da articulação da categoria, a adesão de parcela significativa dos profissionais ainda segue incerta em boa parte do País, com entidades sindicais divididas sobre apoiar ou não o movimento. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o fluxo de ocorrências é três vezes menor do que o registrado na última greve da categoria, feita em fevereiro deste ano.
Até as 7h30min de hoje, 26, nenhum trecho de vias federais encontrava-se bloqueado, seja parcialmente ou em sua totalidade. A informação foi divulgada pelo boletim de monitoramento do Ministério da Infraestrutura, em parceria com a Polícia Rodoviária Federal.
"Todas as rodovias federais, concedidas ou sob administração do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) , encontram-se com o livre fluxo de veículos", pontua o informe. DNIT e PRF reforçam ainda que com apoio de órgãos de fiscalização regionais, atuaram para "debelar" toda e qualquer tentativa de bloqueio das vias por parte dos caminhoneiros.
Diante da presença da PRF e demais entidades, ação dos manifestantes tem se concentrado nas áreas de acostamento, ou ainda em protestos organizados em pontos estratégicos para o fluxo de cargas, como entradas e saídas de portos.
A exemplo do ato que ocorre na entrada do Porto de Santos, em São Paulo, onde cerca de 20 manifestantes protestam com faixas e cartazes, mas sem reter o fluxo da entrada e saída de cargas. De acordo com a PRF, o protesto é acompanhado por autoridades locais e não impacta no funcionamento do porto.
Com ritmo da greve ainda incerto, a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), que representa 800 mil caminhoneiros autônomos, não orientou seus associados sobre a participação ou não nos protestos.
Por outro lado, entidades como a Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Federação dos Caminhoneiros Autônomos de Carga em Geral do Estado de São Paulo (Fetrabens-SP) e o Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens do Estado de São Paulo (Sindicam-SP) decidiram não participar dos atos. (O Povo)