A Polícia Federal de Campinas (SP) deflagrou, na manhã desta terça-feira (11), uma operação contra crimes financeiros e lavagem de dinheiro que causaram um prejuízo de R$ 2,5 bilhões. O objetivo da organização, segundo a investigação, era sustentar os integrantes do grupo em "padrão cinematográfico" com a compra de veículos de luxo, imóveis, lancha e até patrocínio de esporte automobilístico.
A ação é conjunta com a Receita Federal e Ministério Público Federal (MPF). Ao todo, são cumpridos 15 mandados de prisão e 70 de busca e apreensão em dez municípios de quatro estados do Brasil. Além disso, foi determinado o afastamento de um delegado da Polícia Federal do exercício do cargo. As ordens foram expedidas pela 1ª Vara Federal de Campinas. Veja as cidades:
Fortaleza (CE)
Aquiraz (CE)
Brasília (DF)
Paraty (RJ)
Guarujá (SP)
São Paulo (SP)
Campinas (SP)
Valinhos (SP)
Indaiatuba (SP)
Sumaré (SP)
A operação recebeu o nome de Black Flag. Pelo menos 220 policiais federais e 50 servidores da Receita Federal participam da ação. Entre as medidas cumpridas nesta terça, está o bloqueio de contas e investimentos no valor de R$ 261 milhões, sequestro de bens imóveis e congelamento de transferências de bens móveis.
Em Campinas, os mandados são cumpridos em escritórios, residências e até um SPA localizado no Cambuí, um dos bairros nobres da metrópole. Durante as buscas, pelo menos dez carros de luxo, entre eles Porsche, BMW, Mercedes-Benz, Land Rover e Volvo, foram apreendidos e encaminhados à sede da PF na cidade.
De acordo com a Polícia Federal, a investigação começou há dois anos e as fraudes foram descobertas a partir de ações da Receita, que verificou "movimentações financeiras suspeitas". Com a instauração do inquérito, a corporação descobriu "uma complexa rede de pessoas física e jurídicas fictícias" na região de Campinas responsável por movimentar o valor bilionário em operações financeiras.
(G1 Campinas)