O jornal O Estado de S. Paulo traz hoje matéria sobre “o esquema do presidente Jair Bolsonaro para controlar o Congresso foi além da criação de um orçamento secreto de R$ 3 bilhões”. A artimanha já tem apelido: Bolsolão.
De acordo com a publicação, “Bolsonaro também expandiu e turbinou a Codevasf, estatal loteada pelo Centrão que vai aplicar cerca de um terço desses recursos por imposição dos políticos que a controlam. Na prática, ainda de acordo com o jornal, o governo transformou a ‘estatal do Centrão‘ num duto de recursos para atender interesses eleitorais”.
Por decisão de Bolsonaro, a Codevasf também atende agora o Amapá, reduto do senador Davi Alcolumbre; o Rio Grande do Norte, base do ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, e a Paraíba, do deputado Wellington Roberto, líder do PL na Câmara.
O diretor-presidente da Codevasf é o engenheiro baiano Marcelo Moreira, ex-funcionário da Odebrecht, indicado em 2019 pelo deputado Elmar Nascimento, com respaldo do então ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, hoje chefe da Casa Civil.
O Progressistas, por sua vez, tem dois nomes na diretoria executiva da Codevasf. O primeiro é Luís Napoleão Casado Arnaud Neto. Homem da confiança de Arthur Lira, Arnaud Neto é diretor da Área de Gestão dos Empreendimentos de Irrigação.
Já o diretor da Área de Revitalização de Bacias Hidrográficas é Davidson Tolentino de Almeida, ligado ao presidente do partido, senador Ciro Nogueira (PI).