O Ministério Público do Ceará (MPCE) denunciou o médico Benjamim Alencar por homicídio culposo pela morte da digital influencer Liliane Amorim. A denúncia foi feita à Justiça em 31 de março e divulgada nesta terça-feira (27).
A jovem morreu em 24 de janeiro, após sofrer complicações de uma lipoaspiração. Liliane tinha 26 anos e estava internada em um hospital particular de Juazeiro do Norte, no interior do Ceará, desde 15 de janeiro.
O G1 entrou em contato com a defesa do médico e até publicação desta reportagem não recebeu resposta.
A Polícia Civil indiciou também em março o médico-cirurgião que fez a lipoaspiração na digital influencer. O crime culposo ocorre quando não há intenção de praticar o ato. O delegado Luiz Eduardo da Costa, responsável pela investigação do caso, afirmou que houve "falta de cuidados e cautelas", o que agravou o quadro de saúde de Liliane após a lipoaspiração.
Segundo o MPCE, o médico Benjamim Alencar "agiu de forma imprudente e negligente, tendo violado ainda as regras técnicas de sua profissão e o dever jurídico de cuidado e proteção que sua condição de médico lhe impunha em relação à integridade física, à saúde e a vida da paciente, após a realização do procedimento de lipoaspiração."
Na denúncia, a 2ª Promotoria de Justiça de Crato faz um resumo dos fatos ocorridos entre o dia 9, quando o procedimento de lipoaspiração foi realizado, e o dia 24 de janeiro, data em que Liliane Amorim morreu. Conforme o MP, o médico agiu de forma imprudente ao conceder alta médica à vítima apenas 13h após o término do procedimento cirúrgico e ao autorizar a saída da paciente do hospital mesmo diante de queixas de Liliane de fortes dores, sonolência e dificuldade para se comunicar verbalmente.