O presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, deputado Evandro Leitão (PDT) destacou, durante abertura da sessão plenária realizada pelo Sistema de Deliberação Remota (SDR), nesta terça-feira (20), a autorização dada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que permite o Ceará importar a vacina russa Sputnik V contra Covid-19, caso a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não se manifeste até o fim de abril. O parlamentar pontuou que o imunizante russo, atualmente, é utilizado em 60 países e tem eficácia de 91,6% contra a doença.
O chefe do Legislativo lembrou que a Assembleia aprovou, no último dia 16 de março, a compra direta com o Fundo Soberano Russo para a aquisição de 5,87 milhões de doses da vacina. Segundo ele, o Estado assinou o termo de compra e aguardava liberação da Anvisa, responsável pela liberação do uso de medicamentos e vacinas no Brasil.
“Com a demora nos procedimentos, o Governo do Ceará recorreu ao STF e teve decisão favorável do ministro Ricardo Lewandowski, a exemplo do que já havia determinado para o Governo do Maranhão, na semana passada. Essa decisão nos dá esperança de dias melhores, pois somente a vacina poderá nos permitir o retorno à vida normal”, afirmou o deputado.
Evandro Leitão enalteceu o trabalho do Comitê Estadual de Enfrentamento à Pandemia da Covid-19, do qual participa representando a AL, e destacou o desempenho do Ceará no enfrentamento à pandemia apontado em um estudo internacional publicado na revista científica Science, uma das mais conceituadas do mundo. “Todas as decisões levam em conta a ciência. Esse estudo afirma que ações locais, realizadas pelo estado do Ceará, tiveram sucesso em prevenir ainda mais mortes pela doença, mesmo diante das dificuldades em lidar com a pandemia”, apontou.
De acordo com o parlamentar, o trabalho reconhecido é fruto de iniciativas governamentais, como ações de auxílio econômico, aprovadas na Casa; medidas de distanciamento; a ampliação do número de leitos; a aplicação de mais de 1,6 milhão de doses de vacinas contra a Covid; a vacinação de mais de 90% da população indígena; e, em Fortaleza, a imunização de mais de 70% dos idosos, entre 60 e 74 anos.
“Para termos uma ideia de como é importante seguirmos o que diz a ciência, o Nordeste tem a menor taxa de mortalidade por Covid dos últimos 30 dias no Brasil. Desde o início da pandemia, os nove estados da Região têm atuado de forma conjunta e já fecharam a compra de cerca de 37 milhões de doses de vacina”, observou.