O ex-juiz federal Sergio Moro foi considerado suspeito pela 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). A ministra Cármen Lúcia mudou o curso do voto dado em 2018, passando a considerar parcial a condução de Moro nos processos envolvendo o ex-presidente Lula (PT).
A ministra encaminhou o voto na direção de elencar os motivos pelos quais, para ela, Moro teria incorrido em parcialidade. O placar de 3x2 se virou então contra Moro.
"Acho que nenhum ser humano tem o direito de se sentir sujeito de perseguição criminal, com direcionamento que se imponha, para qualificar ou desqualificar alguém, mediante uma atuação dirigida contra a sua pessoa", disse a ministra no voto.
E adicionou: "Todo mundo tem o direito de imaginar-se e acreditar-se julgado, processado, investigado por uma contingência do estado, não por um voluntarismo de um determinado juiz ou tribunal."
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá os processos transferidos para a Justiça Federal do Distrito Federal (DF). Se a decisão da 2ª Turma se mantiver, as provas produzidas contra o petista não poderão ser utilizadas, levando o processo à estaca zero. Há grande possibilidade de os casos prescreverem, pois Lula tem 75 anos. (O Povo)