O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, pediu demissão. Ele era pressionado por senadores a deixar o cargo pela postura extremamente ideológica com que conduzia a política externa brasileira. O último episódio de desgaste ocorreu com a senadora Kátia Abreu (PP-TO) e o tema 5G como pano de fundo. A informação foi noticiada pela TV Globo.
A congressista pediu que Araújo fizesse gesto em prol da tecnologia 5G, afirmando que com isso ele seria o "rei do Senado". O pedido foi prontamente negado, segundo o ministro, que alegou que o tema passa pela alçada do Ministério das Comunicações e pela própria Presidência da República.
Abreu, em nota impressa, deixou transparecer todo o desgosto com o movimento do ministro. Afirmou que em nota à imprensa que "o Brasil não pode mais continuar tendo, perante o mundo, a face de um marginal."
Perfis bolsonaristas nas redes se voltaram contra a parlamentar e outros membros do Centrão. O presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), saiu em defesa da colega. Segundo o mineiro, Araújo atacou toda a Casa ao entrar em atrito contra Abreu.
"Ernesto Araújo ateou fogo em si mesmo. Ministro das Relações Exteriores, não prestou um dia de serviço útil ao país. Tentou de tudo pra destruir uma das nossas instituições mais respeitadas. E caiu tentando causar máximo de danos ao país", escreveu nas redes André Figueiredo (PDT-CE), deputado federal e ex-líder da oposição na Câmara dos Deputados. (Carlos Holanda/O Povo)