O médico cirurgião plástico Sérgio de Araújo foi indiciado, na sexta-feira, 26, por homicídio culposo após a conclusão do inquérito sobre a morte da modelo e digital influencer Liliane dos Santos Amorim, 26, ocorrida em janeiro deste ano. O inquérito policial foi instaurado e concluído na Delegacia Regional do Crato. Nas investigações, o médico cirurgião plástico – responsável pela cirurgia de lipoaspiração – foi indiciado por homicídio culposo devido à imprudência e negligência do profissional. O documento foi enviado ao Poder Judiciário na manhã desta segunda-feira, 1º, onde segue para apreciação.
Para o delegado Luiz Eduardo da Costa Santos, titular da Delegacia Regional do Crato e responsável pelas investigações, a perícia realizada no corpo da vítima, além dos elementos comprobatórios colhidos durante a investigação policial, não deixam dúvidas de se tratar de um homicídio culposo. “Com tudo o que foi investigado e todos os elementos colhidos no curso das investigações, ficou evidente que se trata da possibilidade de um homicídio culposo, onde o médico não previa o risco de produzir o resultado. Contudo, por falta de cuidados e cautelas, teria causado o resultado grave”, frisa o delegado.
Ele explica ainda que o crime culposo, no caso do homicídio, pode se caracterizar por três elementos: a imperícia, a imprudência e a negligência. No caso da morte de Liliane, foram constatados dois deles: a imprudência e a negligência. “Dentre os três requisitos, ficaram muito claras a imprudência e a negligência por parte do médico. A imprudência demonstrada quando ocorreu a alta médica de Liliane, ainda com muitos sintomas e dores”, informa o delegado. Segundo Costa Santos, os depoimentos afirmam que a vítima chegou a sair do hospital de cadeira de rodas. “Entendemos, desta forma, que houve uma alta prematura, pois o médico foi consultado quanto à permanência dela no hospital. Ele afirmou que não havia necessidade e, então, ela foi conduzida à casa dela, onde começou toda a complicação. Foram dias com muitas dores, sonolência, enjoos”, aponta. (Angélica Feitosa/O Povo)