A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) concedeu, na tarde desta quarta-feira (31), autorização de uso emergencial da vacina contra covid-19 de dose única desenvolvida pela Janssen, braço farmacêutico da norte-americana Johnson & Johnson.
Os cinco diretores entenderam, por unanimidade, que os benefícios do imunizante superam os riscos neste momento de pandemia.
O órgão regulador recebeu o pedido da farmacêutica no dia 24 de março. O prazo para aprovação era de sete dias úteis.
"Foram analisados, em cinco dias úteis, em torno de 29 mil páginas, com dados e informações sobre os requisitos de qualidade, eficácia e segurança estabelecidos pela Anvisa", lembrou a diretora Meiruze Freitas, relatora do processo.
O imunizante é um dos quatro listados para uso emergencial pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e já foi liberado em outros 35 países.
Os estudos de fase 3 envolveram 43,7 mil participantes em diversos países, incluindo o Brasil. A companhia diz que o produto é capaz de reduzir em 67% a incidência de covid-19 sintomática em adultos, na comparação com quem tomou placebo.
"Os dados também demonstraram que a vacina foi 85% eficaz na prevenção de doenças graves em todas as regiões estudadas e mostrou proteção contra a hospitalização e morte relacionadas à covid-19 em países com diferentes variantes", diz a empresa em comunicado.
O Ministério da Saúde fechou acordo com a Janssen para importar 38 milhões de doses da vacina, porém, com promessa de entrega somente para o fim do ano.