Ao menos 1.048 candidatos às eleições deste ano tiveram seus registros negados pela Justiça Eleitoral por não se enquadrarem nos critérios de corte da Lei da Ficha Limpa. O número, consultado no sábado (31.out.2020) pela reportagem do Poder360 na base de dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), representa 61% do total de candidaturas barradas com base nessa mesma lei nas últimas eleições municipais, em 2016.
A Lei da Ficha Limpa entrou em vigor em 2010. Ela torna inelegíveis os políticos que tiveram o mandato cassado ou foram condenados em 2ª Instância em processos criminais ou eleitorais nos 8 anos anteriores à eleição.
A maioria dos candidatos que já tiveram o registro rejeitado com base nessa lei tenta disputar o cargo de vereador (926). São 45 postulantes a prefeito e 47 candidatos a vice-prefeito barrados pelo mesmo motivo.
O PSD, do ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro Gilberto Kassab, é o partido com maior número de candidatos considerados “ficha suja” pela Justiça Eleitoral até aqui: 86. Na sequência aparece o MDB, do ex-presidente Michel Temer, que teve 83 filiados impedidos de ir às urnas.