A terceira fase da Operação Aluminum, deflagrada na manhã desta sexta-feira (18), pelo Ministério Público do Ceará (MPCE), tem como alvos servidores públicos suspeitos de crimes de sonegação fiscal e corrupção. A Justiça expediu mandado de prisão temporária contra um auditor fiscal da Secretaria da Fazenda do Estado (Sefaz), além de mandados de busca e apreensão em Fortaleza e no Crato.
A ação, investiga a participação dos servidores no esquema liderado por uma empresa de alumínio, com sede em Jaguaribe, suspeita de ter sonegado sozinha cerca de R$ 220 milhões de 2014 a 2018.
Mais detalhes sobre a terceira fase da operação serão divulgados em coletiva na sede da Procuradoria Geral de Justiça, nesta sexta-feira.
A investigação do MPCE, coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal (Gaesf), começou em 2018 após recebimento de informação fiscal da Secretaria da Fazenda do Estado, noticiando evidência de um gigantesco esquema criminoso voltado, em especial, para crimes contra a ordem tributária.
Outras fases
De acordo com o Ministério Público, as empresas alvo da operação Aluminum, movimentaram R$ 5 bilhões nos últimos 4 anos. Ao todo, 53 mandados judiciais foram expedidos em abril na primeira fase da operação.
À época, nove pessoas foram presas e 31 mandados de busca e apreensão cumpridos em Fortaleza, Juazeiro do Norte, Eusébio e Jaguaribe. A investigação também se estendeu a Sergipe e São Paulo, onde outras três pessoas foram presas.
A segunda fase da operação aconteceu em setembro de 2019, na ocasião, cinco pessoas foram presas e oito mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas cidades de Limoeiro do Norte, Russas, Tabuleiro do Norte, Crato e Fortaleza. A operação também aconteceu na cidade de Teresina, no Piauí, e em Timon, no Maranhão.
(DN)