A Rússia pode se tornar o 1º país a vacinar em massa sua população para a covid-19. O ministro da Saúde, Mikhail Murashko, anunciou ontem (sábado, 1/8)) o início da vacinação em outubro. Restam apenas detalhes para Moscou iniciar a campanha.
Segundo o chefe da Saúde, os testes com a vacina russa foram concluídos e obtiveram resultados positivos, com produção de anticorpos e efeitos colaterais controlados. Mesmo assim, não há informações oficias sobre a eficácia da vacina local.
O governo ainda não divulgou a quantidade de pessoas que serão incluídas na 1ª leva da campanha, mas profissionais de saúde e professores devem ser priorizados inicialmente.
A velocidade com que a vacina foi desenvolvida, testada e aprovada animou os russos, mas preocupa parte da comunidade internacional. Segundo o jornal New York Times, o Kremlin pode estar levando a corrida pela vacina para o lado político.
Um indicativo para isso seria a comparação feita pelo chefe do Fundo Russo de Investimento Direto, Kirill Dmitriev. Segundo ele, o rápido desenvolvimento da imunização é equivalente ao lançamento da Sputinik 1, que foi o 1º satélite a ser colocado em órbita, pela União Soviética em 1957, no início da Guerra Fria.
As pesquisas da vacina foram realizadas com só 38 voluntários –remunerados. Eles foram testados e depois mantidos em isolamento por 28 dias para se proteger contra outras infecções. Além disso, eles devem ser monitorados por mais 6 meses. Mesmo assim, o governo afirma que a vacina já pode ser liberada para o público geral.
A Rússia tem 845 mil casos e 14.000 mortes. É o 4º país com mais infecções e o 11º em óbitos.
(Poder 360)